quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ninguém muda ninguém




Ninguém muda ninguém
Somos todos diferentes. - Parte 2
Por Evaldo Ribeiro


Não se considere mais evoluído ou superior a ninguém. Se você fosse mesmo tão avançado em consciência, não estaria compartilhando ambiente justamente com pessoas que precisam de seu apoio para crescer, mas teria atraído uma vida entre mestres de sabedoria, que só ensinam aquilo que vivenciam.

A verdade é que nós somos seres emocionais, ou seja, a nossa existência é regida pelas situações e ninguém tem controle sobre si mesmo para decidir o que vai sentir diante das surpresas que o aguardam.

Todos nós estamos sujeitos às influências do cotidiano e, a qualquer momento, as circunstâncias da vida podem nos sacudir e testar a nossa resistência, fazendo-nos passar por situações inesperadas nas quais a vida não oferece outra saída, a não ser encarar as barreiras que nos são impostas para revelar que, dentro de nós, há sim muito mais capacidade de superação do que imaginamos, e que esse potencial permanece adormecido porque temos uma forte tendência para cair no comodismo

Se você já conseguiu atingir as suas metas, não se feche em sua glória, ajude as pessoas esforçadas a criarem uma nova história.

Ninguém perde nada quando decide usar o seu conhecimento para ajudar aqueles que ainda não encontraram o caminho da realização. Os conflitos no trabalho ou na convivência familiar são provas diárias que nos tiram da nossa instabilidade emocional.

Ainda somos muito imaturos para lidar com as jogadas dos outros e com as pisadas de bola que nós também cometemos e ainda não temos humildade para reconhecer e corrigir.

Mesmo contra a nossa vontade, somos entrelaçados e envolvidos pelas coisas que nos acontecem ou que chegam até nós. A verdade é que ninguém está protegido de informações indesejadas. Um exemplo: uma notícia negativa transmitida com sensacionalismo nos afeta profundamente porque é uma agressão emocional que nos remete a um estado de alerta, puxando a nossa autoconfiança para baixo.

É um ataque silencioso que invade e desarmoniza a nossa ordem mental, desencadeando outros desajustes íntimos. Assim, dependendo do momento que estamos atravessando, acabamos sendo influenciados pela sugestão maldosa e acolhemos as informações negativas sem perceber que, depois, vamos levar horas para reencontrar o equilíbrio.

As pessoas que têm conhecimento sobre as emoções negativas não se deixam impressionar e, com um leve toque no controle remoto, simplesmente mudam de sintonia, e a sua integridade fica protegida dos invasores da comunicação destrutiva, que só visa a explorar as tragédias para obter audiência e lucros em cima da infelicidade alheia.

Aquelas que ainda não alcançaram a oportunidade de ter uma vida regrada pelo bem-estar se tornam presas fáceis para essas armadilhas do terrorismo verbal, que insiste copiosamente em nos apresentar só o que deu errado - e não estou dizendo que as tragédias não acontecem.

Elas ocorrem mesmo, isso nós não podemos negar.
Mas não há necessidade de colocar tanta ênfase nas coisas ruins.
Transmitir uma informação é uma coisa; manipular a cabeça dessa sociedade que já é tão oprimida por suas próprias angústias com a repetição excessiva das maldades é outra.

A palavra, quando usada de maneira correta, é a mais poderosa das armas que o homem possui como ferramenta construtiva.
Por isso, diga repetidamente para todos ao seu redor somente as coisas que acrescentam força positiva.
Não permita mais que a sua cabeça seja transformada em um banco de dados negativos, onde os manipuladores da comunicação destruidora depositam os seus códigos secretos com mensagens subliminares depreciadoras.
Livre-se dos condicionamentos impostos por pessoas que decretam regras apenas com o objetivo de controlar quem não conhece a sua própria capacidade para decidir o que vai colocar dentro de si.
Dispense o medo de ser você mesmo e assuma o comando das suas escolhas; pare de engolir o que foi escolhido pelos outros.
Ninguém está condenado a manter um conceito criado por uma opinião que não é a verdade do seu próprio coração.

As ideias colocadas em sua cabeça durante a sua formação, e que hoje o impedem de avançar rumo aos seus sonhos, podem ser reformuladas e até mesmo retiradas, pois não foram parafusadas em sua memória. Se você foi criado por familiares autoritários, certamente aprendeu a confiar mais nos outros do que em si mesmo.

Com isso, no decorrer do tempo, o seu físico cresceu, mas, mentalmente, você continua se sentindo inferior e, quando a vida lhe apresenta situações desafiadoras nas quais você não tem em quem se agarrar, o medo parece mais forte do que a vontade de vencer. Lembre-se que o elefante criado em cativeiro desde pequeno é amarrado por correntes que jamais poderão ser quebradas.

E, depois de tantas tentativas frustradas em busca da liberdade, ele desiste de lutar para se livrar dessas amarras. Depois disso, basta tirar as correntes e amarrá-lo com uma cordinha bem fraquinha, e ele continuará se sentindo limitado e aceitando o condicionamento que o mantém aprisionado.

Porque o gigante se esqueceu de sua própria força. Mas quem o faz prisioneiro precisa estar alerta, pois, a qualquer momento, até um vento pode soprar-lhe ao ouvido, avisando-o que as amarras não existem mais e que ele pode, sim, reativar o seu instinto, quebrar a corda e retomar a posse da sua liberdade plena. Direito esse que lhe foi garantido pela constituição da sua natureza. Ser e viver, livremente!
 

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