quarta-feira, 27 de abril de 2011

Incógnitas



"Se eu voar sem saber aonde vou, se eu andar sem conhecer quem
sou, se eu falar e a voz soar com (a)manhã, eu sei..." 


Sês...meras suposições, incertezas sem um término definido.
Não me habituo a viver assim, sempre na incógnita.
Erradamente começa a fazer sentido pensar para controlar o máximo possível.
Aos poucos, o pensar fica e o agir permanece presente apenas em pensamento.

"Se este dia já não tem sabor, e no pensar que tudo isto já pensei, eu sei..."


Não há pior dúvida que aquela que temos em relação a nós próprios...
Não aquela que advém dos outros.
Daqueles que passam por nós e de uma maneira ou de outra nos afetam.
Com esses encontros e desencontros resta-nos vivê-los.

"Se eu beber dessa luz que apaga a noite em mim
e se um dia eu disser que já não quero estar aqui?"


No entanto, a luta com aquilo que realmente
queremos é bem mais destrutiva.
Quantas são as vezes em que há uma percepção daquilo
que é preciso ser feito.
Há uma consciência do que realmente nos realiza.
Mas... Sempre um mas.
Um senão, uma dificuldade que se manifesta contra a vontade de agir.

"Na incerteza de saber o que fazer,
o que querer, mesmo sem nunca pensar que um dia o vá expressar, 
não há outro que conhece tudo o que acontece em mim..."

Nessa altura, perco-me no caminho que me proponho a cumprir...

(Juliana Alves)

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