segunda-feira, 27 de junho de 2011

SER, simplesmente , SER



SER, simplesmente, SER...

Trago no peito marcas,
marcas das correntes
Armadilhas camufladas
de um passado hostil

Trago nos punhos marcas,
marcas das algemas
Prisões impostas
por uma sociedade vil

Trago na mente, crenças
No coração, preconceitos
Invisíveis cárceres,
por mim aceitos sem questionar

Trago, carente, na alma
minha criança interior
sedenta de amor,
liberdade e "Lar"

Sonhos? Distantes
Dores? Presentes
Amores? Ausentes
Esperança? Meu tudo, meu nada

Correntes, correntes... Algemas
Humanidade, refém de si mesma,
Buscando a liberdade
onde ela não está

E eu? Cansei...
Atalhos? Vou a lugar nenhum
Não, já não quero mais
trilhar veredas comuns

Devolva-me
o que me é de direito
Ser AMADO, ser ACEITO,
SER, simplesmente, SER.

Maria Aparecida Giacomini Dóro

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